sexta-feira, 18 de julho de 2008

Voyage

Senti uma vontade de viajar pelo céu
Ver cada estrela batendo no meu rosto
Com suas caudas flamejantes
Enfrentar a gravidade zero
E, de repente, sentir-me despressurizado
Esmagado, queimado pela alta temperatura
Num passe de mágica, eu estava vivo
E curtia a viagem numa boa
Como se o Universo tivesse dito sim à meu apelo
Agora tenho carta branca pra viajar na Via Láctea
E posso ter todas as minhas certezas:
Que as nuvens são feitas de algodão
E que o colosso que jorrou do seio de Hera
Foi o que tornou nossa galáxia visível nas noites limpas...
E que as estrelas são lindas e grudadas na abóbada celestial
E que o horizonte é um abismo onde o Sol dorme
E onde a Lua se esconde quando a chamam de Nova.
E nesse mesmo céu, antes grande, agora tão pequeno,
Onde quer que eu olhe, eu vejo o teu olhar,
A me fitar, e isso me dói, porque não consigo te achar
Em lugar nenhum, onde quer que eu vá.
Eu quero te achar, e minha maior frustração de viver
É viver sob o teu olhar e saber que talvez eu nunca te veja
Nunca como eu queria ver.

Um comentário:

nada na vida acontece por acaso disse...

palavras me faltam pra traduzir a loucura do ser humano
perdido me encontro a adimirar tamanha condiçao
mas axo q é isso
de mais o blog
show de bola
abraçao